faço o que sei:
desesperar
fumo todos os cigarros
batuco um samba na mesa
(a mesma que sugere o
espaço em que também não estou)
escrevo versos que não rasgo
- deleto
e me encontro sujeito de mim
declino de teus olhos
os que não me veem
teu paço incólume
a saliva mecânica que aglutina tuas palavras
sentado sobre a noite que chega arrependida
aguardo a fumaça se dissipar
e com ela os sinais do que fomos
e não lembrávamos