Há a verde grama em que pasta a noite
Há os arbustos precedidos pelo orvalho
Há o frescor do tempo
A brisa suave dos teus modos
- Pastoreio teus cabelos
E se perdem meus olhos em tua paisagem
O enlevo das mãos, a delicadeza dos gestos:
Te adornam, singelas, minhas palavras incensadas
E em tua voz de musselina encontro a paz
segunda-feira
quinta-feira
Azul
adormeço em teu sonho azul
como um mar que me traga
uma onda que quebra em minha areia
dispersa em diâmetros de minha poesia
superfície em que mergulho
a procura do que me sustenta e equilibra
feito um pássaro em voo tácito
atrás de um repouso cálido de horas
descanso em teu halo
azul como a certeza de um gesto calmo:
mira-me e acerta
(e teus olhos iluminando minha escura noite
e teus olhos - os meus onde estão? -
morando em meus versos:
casa para te adornar)
desperto em teu cotidiano
azul como as tardes depostas pelo
horizonte das vontades
lá, onde não se anunciam as coisas que já sentimos.
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