insiro-te na noite
no enlevo de sombras
que te anunciam
mas não és velada:
protejo-te
como um caibro
sustentando nossas permanências
e nossa matéria com gosto de tempo
(a delicada voz que de ti emana
e emancipa meu amor)
dispo-me logo que chega o dia
para que me vejas
teu, corpo ígneo
flamejando à tua espera
para que me sejas
canto
e paixão
(e onde há tua sílaba, monódico meu peito
te conclui)