o amor é o meu quintal:
nele disperso sementes
de palavras
que crescem como mato e
adornam esse chão de solo seco
- as circunstâncias que me ocorrem.
o amor é um pedaço de terra
onde plantei com esmero
uma árvore de sombra boa
para que tu descanse
das tuas jornadas
quando quiseres.
o amor: tive que retirar
dele os cascalhos, restos de
palavras mortas, raízes antigas
amargas.
no amor brincam os bichos
as aves, a procura de alimento
borboletas formigas besouros
passeiam pelo amor...
e é nesse amplo espaço
- que não é organizado como um
jardim artificial -
que te espero:
se vens, talvez plantaremos juntos
flores desconhecidas.